quinta-feira, novembro 26, 2009

Tristeza.

O que mais precisavam ali era um pouco de sorte. Já nem pensavam mais, tinham um objetivo, mas até então nenhuma meta. O dia os sufocava, horas se passavam e continuavam se movendo porém estáticos produtivamente. em suas cabeças hora nenhuma ocorreu desistir ou parar, um minuto que for, a solução apareceria. Tudo tranquilo, transpareciam dessa maneira. Sabiam que tinham que esperar por algo que não dependiam deles propriamente em si.
Ele jamais deixou que o desespero tomasse conta de si, era seguro na medida do possível e fazia com que as pessoas ao seu redor ficassem mais calmas do que o habitual, não considerava um dom, sempre teve isso, mas ao longo do tempo teve a capacidade de aprimorar tal perícia com excelência. Mas mesmo com toda sua regularidade não conseguia não ficar abalado com tal situação, tempo era algo que o irritava, dentre seus ódios, tinha certeza que ela vinha logo após problemas de saúde.
Ela mordia os lábios, inquieta ia de um lado a outro, adorava a seguridade que ele proporcionava, mas naqueles dias em especial, só a fazia irritar. Todas as vezes que tentava algum tipo de conversa, ele agia quase que da mesma forma, indiferente em relação ao assunto e a dava um abraço.
Por sua vez, sabia que não deveria agir assim, ela não era diferente a ele em relação a essa indiferença, a tristeza pairava no ar.
Meu bem, ela disse, estava desamparada, não teve como continuar a frase, ele a fitou por um instante, olhou em volta, a cidade já estava apagada.
Dezessete minutos foi o tempo de lhe beijar a testa, apagar as luzes, sair de lá e chegar em sua casa, foi também o tempo dela se apagar.

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