quarta-feira, março 25, 2009

A ideologia, de Chauí entre outros


O livro O Que É Ideologia de Marilena Chauí, da Editora Brasiliense participante da coleção Primeiros Passos, teve sua primeira edição em 1980. O livro procura explicitar o que realmente é a ideologia, ampliando a visão de Destutt de Tracy, filósofo, político, soldado francês, que foi líder da escola filosófica de Ideólogos, criador do termo ideologia, com o significado de ciência das idéias. Com o passar do tempo, mais e mais sentidos foram aderidos ao termo, passando pelas mãos de Karl Marx, Hegel entre outros pensadores. A autora usa de vários exemplos, mas quase sempre adotando e seguindo a visão marxista sobre a ideologia e como a mesma legitimiza a exploração e dominação, suas origens, mecanismos, fins e efeitos.
O livro se resume em três capítulos, são eles: “Partindo de alguns exemplos, Histórico do Termo, A Concepção Marxista de Ideologia”, este último sendo extremamente maior que ambos os primeiros, e é nele que está centrada toda a idéia do livro que contém apenas 125 páginas, quase um livro de bolso, porém extremamente teórico, e rico em exemplos.
Ela lembra de Arquimedes e gregos da antiguidade, e seu objeto de estudo, o movimento, visto como todas as alterações da realidade se davam por quatro causas, e toda e qualquer relação entre elas explicavam o movimento, eram elas: material, formal, motriz e final, sendo que elas são umas mais importantes que as outras, a final tem a posição superior nessa hierarquização, tal qual a sociedade grega, que era dividida em dois grupos, que também podiam ser associados às quatro causas, a causa final, os cidadãos e o motriz os escravos, fazendo com que a causa final seja eficiente, pois se encontra totalmente subordinada à primeira causa. A ideologia para Chauí fundamentalmente tem que pegar a realidade histórica e social e tirar delas as idéias de maneira independente, fazendo com que as idéias expliquem a realidade e as idéias nela construídas.
As idéias são na verdade, como diz Chauí: “expressões de condições reais, porém de modo invertido e dissimulado”. Ela é também é um fato social, já que maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo, segundo Durkhein formam o fato social, a Ideologia é formada pelas relações sociais. Porém, a mesma, esconde subliminarmente a tal realidade explicada, para que os interesses da classe dominante não sejam feridos, fazendo com que eles sejam guardados e até promovidos para que essa realidade possa legitimar a dominação de certas classes sobre outras, usando de artifício uma realidade que seja aceitável e supostamente justa, mesmo que ela não seja. Sempre se apoiando no Positivismo de Auguste Comte, principalmente no Holismo, que é a idéia de que a propriedade de um sistema quer se trate de seres humanos ou outros organismos, não podem ser explicados apenas pela soma de seus organismos, e também na conservação do Status Quo.
A concepção de Marx, já é vista bem no inicio, com a separação do momento histórico com a produção de idéias, fazendo os homens apenas instrumentos ocasionais da história que caminha por conta e sentido próprio. Forçando-nos a entender que a ideologia é uma concepção distorcida da história ou uma abstração completa de tal, ela só é produzida pelas condições objetivas da existência social dos indivíduos. Ponto importante na visão hegeliana a alienação seria, quando o sujeito não se reconhece como produtor das obras e como sujeito da história, mas toma as obras e a história como forças estranhas, exteriores, alheias a ele e que o dominam e perseguem. Essa falta de reconhecimento acontece até hoje por parte de quem detêm o poder político ou econômico, fazendo com que o estado seja um meio de realização de seus objetivos, que faz com que a dominação não seja percebida pelas classes dominadas, que por sua vez acreditam nas legislações, que defendem seus direitos, e fazem de todos os seres humanos iguais perante dela.
A dialética marxista acontece porque seu motor não é a força de Espírito, mas a força do trabalho material propriamente dito, as ideologias próprias de cada classe social nascem com a divisão de trabalho, físico ou intelectual, essa divisão é imposta ao cidadão socialmente, então todo o conjunto de relações sociais que aparecem nas idéias, existem por si só e não advindas de ações humanas.
Então pode ser entendido como se houvesse uma ordem natural das coisas, não há como ser feito nada para mudança, criando alienação nas classes que não criam conflito com o Status Quo, e se sujeitando a aceitar a ideologia imposta pela classe dominante.
O livro vale a pena para iniciar a leitura no assunto, e o leva a se aprofundar em pensadores citados no livro, e também a procurar outros pensadores e até em atuais que também tratem dessa temática, tal como Gilles Lipovetsky, que trata da sociedade pós-moderna, e as suas relações padronizadas que cada vez mais vão se personalizando, mudando o processo de criação de idéias de cada indivíduo, recomendo o livro Era do Vazio, um ensaio sobre o individualismo contemporâneo.
Marilena Chauí, filha do jornalista Nicolau Chaui e da professora Laura de Souza Chaui, nasceu em São Paulo em 1941. Cursou Filosofia na USP, onde também fez pós-graduação e defendeu seu mestrado. Iniciou, em 1967-69, seu doutorado na França e veio defendê-lo em 1971, também na USP, onde, em 1977, defendeu sua tese de livre-docência e, em 1987, fez concurso e tornou-se professora titular de filosofia. Leciona no Departamento de Filosofia da USP e sua áreas de especialização são História da Filosofia Moderna e Filosofia Política. Membro fundador do Partido dos Trabalhadores foi secretária municipal de Cultura de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina. Vem escrevendo trabalhos sobre ideologia, cultura, universidade pública, além de obras sobre as filosofias de Merleau-Ponty e Espinosa.

Ya, cansa, bejosmebipa!

quarta-feira, março 18, 2009

Ensaio Sobre o Bigode

No mundo atual indubitávelmente, a consulta aos diversos militantes oferece uma interessante oportunidade para verificação da gestão inovadora da qual fazemos parte. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação faz parte de um processo de gerenciamento das novas proposições. Desta maneira, o entendimento das metas propostas causa impacto indireto na reavaliação do investimento em reciclagem técnica. Percebemos, cada vez mais, que o acompanhamento das preferências de consumo ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança das regras de conduta normativas. Caros amigos, o início da atividade geral de formação de atitudes afeta positivamente a correta previsão do orçamento setorial. O cuidado em identificar pontos críticos no novo modelo estrutural aqui preconizado garante a contribuição de um grupo importante na determinação das direções preferenciais no sentido do progresso. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a estrutura atual da organização acarreta um processo de reformulação e modernização do retorno esperado a longo prazo. A prática cotidiana prova que a revolução dos costumes obstaculiza a apreciação da importância do fluxo de informações.

As experiências acumuladas demonstram que a adoção de políticas descentralizadoras estimula a padronização dos modos de operação convencionais. Não obstante, a competitividade nas transações comerciais maximiza as possibilidades por conta das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a expansão dos mercados mundiais pode nos levar a considerar a reestruturação dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. O empenho em analisar a determinação clara de objetivos agrega valor ao estabelecimento dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Gostaria de enfatizar que o fenômeno da Internet assume importantes posições no estabelecimento das condições financeiras e administrativas exigidas. Do mesmo modo, a crescente influência da mídia estende o alcance e a importância do sistema de participação geral. Por conseguinte, a valorização de fatores subjetivos representa uma abertura para a melhoria do processo de comunicação como um todo. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos promove a alavancagem dos níveis de motivação departamental. É claro que o comprometimento entre as equipes aponta para a melhoria do levantamento das variáveis envolvidas. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que o desafiador cenário globalizado não pode mais se dissociar de alternativas às soluções ortodoxas. Assim mesmo, a consolidação das estruturas desafia a capacidade de equalização de todos os recursos funcionais envolvidos. É importante questionar o quanto a execução dos pontos do programa cumpre um papel essencial na formulação do remanejamento dos quadros funcionais.

Por base é isso ai mesmo... Bejosmebipem!