quinta-feira, outubro 29, 2009

Patente.

A manhã se via fria como a maioria delas tinha sido naquele mês de outubro, enquanto caminhava não notou em nada no caminho, sua visão estava ali mas não presente, só os tons de cores lhe faziam sentido, tal deficiência na hora lhe deu certo riso, passou pela última rua a ser atravessada, estava confiante, não sabia como, por dentro tudo em que acreditava estava desmembrado e por fora estava ali com um sorriso certo e o queixo alto, a manhã havia passado como o vento. Nunca atrelava a culpa a alguém, esteve focado a manhã toda, no momento que chegou em casa apagou, se fez necessário o uso do despertador para voltar à vida, nessas três horas que esteve mergulhado no subconsciente, foi tudo escuro, absurdos cento e oitenta minutos de puro desligamento, e isso era novidade também geralmente tinha ótimos sonhos ainda mais mais quando dormia menos, por hora esse pensamento lhe fez mal. Não era fácil traçar um panorama decente e agradável para sua vida se tudo continuasse daquela forma, ruim.
A tarde tinha ido rápido a lua já havia conquistado seu lugar no céu, sai de casa novamente, agora com ainda mais vontade, o vigor transparecia em sua face, era inerente a isso também, agora a mesma falta de foco na visão lhe trazia o único riso que daria por essa noite, dessa vez o vermelho dominava, se sentiu um touro e quis mesmo que por um minuto sair de tudo que lhe estava imposto e ir de encontro mesmo com a cabeça para todos os pontos que tivessem tom de vermelho.  Por um minuto se deixou levar, marcou o ponto de referência, ainda desfocado, e foi a seu encontro, seu revés foi que a indústria automobilística haviam parado de fabricar só automóveis pretos.

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