segunda-feira, dezembro 07, 2009

Vermelho.

Não se definia como insaciável, tinha gostos e vontades até que comuns. Era claro que não era visto com bons olhos pelos outros, aparentemente não atingia um estado feliz e constate quase nunca, transparecia que nada nunca estava bom. Consolo? Nunca foi necessário, tinha dias que comentava, outros não, precisar de algo de alguém sempre foi pedir demais pra ele, amor e paz, não pareciam complementares.
Era óbvio, nunca era o bastante, e regularidade não era que acontecia regularmente com ele, picos de alegria, excitação e tudo que espera, e em questão de horas, o extremo de baixo dessa forma já se via presente. Normal, era o que pensava, não só de vitórias vive um vencedor certo? Existiam problemas sérios em sua conduta, aparentemente o que ele queria não era acessível, mesmo com toda sua força de vontade, o fato é que não conseguia atingir suas vontades em cheio, e para distrair nessa rota, era rotina fazer coisas que de forma alguma tinha orgulho. E aparentemente estranho, se via do outro lado também.
Na vida tinha como base todas as derrotas, que o marcaram muito mais que toda felicidade rotineira de domingo à tarde. O que até então não tinha se dado conta, que ele havia gerado dezenas de derrotas à outras também, e como ficava claro quão horrendo são as relações interpessoais, na mesma medida em que se via prejudicado e ferido, com a outra mão feria outro alguém, não era justo, talvez fosse necessário, se jogar e velejar nesse mar sem convicções é algo completamente prazeroso e ao mesmo tempo perigoso, marcas assim não costumam deixar o lugar que uma vez tomaram forma. Por isso continuava nessa dualidade, não passava pela sua cabeça ser um maltratado e mal tratador ao mesmo, o que pregava de errado, conseguia praticar sem nenhum peso, incoerência não era nada agradável, conseguia suportar? Era inegável que não, cogitava por horas dizer sim. Um ruído estranho novamente, era o telefone, não iria atender demovo, não era o que queria, disso tinha certeza.

Nenhum comentário: