quarta-feira, março 16, 2011

Sorte.

As horas não passam, o ônibus não anda, e mesmo assim ele não parava, sua mente em desacordo com seu corpo, noção e importância tinham valores confusos na sua cabeça. Não era questão de ganhar ou perder alguém, era algo maior, manter era palavra.
Não tinham um lugar pra si, nem podiam, talvez não se importassem tanto, sem aparências, sem máscaras, com o tempo todas as barreiras dele iam cair, sentia em si uma enorme confiança que era quebrada toda semana, dos males o menor, não iria se iludir tão fácil assim.
A rua estava ali, junto com a garoa, tinha um destino certo, chegou, sentou, passou um tempo ali, soltou palavras bobas, um abraço sincero, combinou coisas que nunca realizaria, criou e matou esperanças num piscar de olhos.
O copo acabava, suas preocupações aumentava, não era resolvido fisicamente tampouco o coração, buscava a garrafa, o enchia, dava risadas vazias e repetia esses passos com exatidão, logo não podia reclamar da mesmice afinal era bom em alguma coisa.
Já estava tarde, voltaria cambaleando pelas vias, deixaria a chuva de lado e voltaria para debaixo das cobertas e com sorte sonharia com ela.

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