sexta-feira, dezembro 17, 2010

Ator.

Impressionante, com toda postura ele ainda tremia frente aquelas situações, não precisava estar perto dela para não saber como lidar corretamente, como se existisse uma maneira correta de lidar com ela.
E fazia de tudo para transparecer tranqüilidade, e até certo ponto tinha sucesso nisso, ninguém duvidava dele a não ser ela, justo quem conseguia desmascará-lo apenas com um olhar, uma mordiscada no lábio ou qualquer outro trejeito característico que ele admirava tanto, muitas vezes nem precisava emitir nenhum signo e ele já entregava todos os pontos, seguia fielmente seu coração.
Ao passar dos anos sempre achou que essa sensação passaria, aquele pequeno tremor no lado esquerdo do peito nunca lhe abandonava quando ela estava presente, outras mulheres não chegavam nem perto daquilo, por muito tempo se perguntou se o problema estivesse com ele, após algum tempo já não tinha dúvidas que certamente era um problema próprio dele e os batimentos seletivos, e não conseguia abrir mão deste sentimento tão facilmente assim. Logicamente que podia viver tranquilamente sem  nenhuma emoção dessa, transparecer assim já era um início.
Felizmente nunca teve a pretensão de ser ator, sabia que a distância dela era inversamente proporcional aos seus batimentos, e nos últimos dias como tremia pelo corpo inteiro, um alegre taquicardia que por hora não precisava de nenhum tipo de tratamento.

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